Do Mal

«Diz-se às vezes que há muito amor do mal no evocá-lo e referi-lo. E que é disso que ele se perpetua. O mal não se perpetua senão no pretender-se que não existe, ou que, excessivo para a nossa delicadeza, há que deixá-lo num discreto limbo. É no silêncio e calculado esquecimento dos delicados que o mal se apura e afina.»

Via portugal dos pequeninos e Sena Ficcionista de Vera Lúcia Vouga.

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Chegada do Braga

O que se passou em Braga é indesculpável e indigno dum país democrático e civilizado.

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— “No Badoca Park os animais são todos vegetarianos”
— É, e gays também.

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que me vou de fim-de-semana

Rompe a aurora, nasce o dia
iluminando o montado.
Como um hino à alegria
ouve-se balir o gado.

Roxo, verde e amarelo,
olho à volta é o que vejo.
Não há nada assim tão belo,
ó meu querido Alentejo.

(Canções sobre o Alentejo)

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Semáforos que Impõem Respeitinho

Uma das irracionalidades da vida mundana que mais me irrita é os semáforos que fazem os veículos não-BUS esperar um bocadinho antes de poderem seguir, já depois dos BUS terem o seu verde. Quando isto acontece em locais onde mais à frente há um afunilamento, faz sentido que haja uma diferença para que os BUS possam avançar prioritariamente (é o caso de quem inicia a subida da Av. da Liberdade, nos Restauradores). Mas a esmagadora maioria destes semáforos que “discriminam positivamente” – dirão alguns patetas de boca morna – introduz um atraso aos não-BUS sem qualquer benefício para os BUS e portanto sem qualquer justificação. A não ser talvez uma cretina demonstração do poder Municipal para que os cidadãos auto-mobilizados não tenham devaneios igualitários. É cretino, é irracional, é abstruso e insultuoso. É estúpido à quinta casa. É um escândalo!

E ninguém fala disto…

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Afectos ao carisma

Acho fundamentalmente cretino que as pessoas usem o argumento de não votarem em determinado político por este não ter carisma. Na forma como eu vejo as coisas, o que deveria interessar são os resultados. O carisma, é um facilitador entre os anseios ou desejos do eleitor e sobre a coisa pública e a mensagem sobre as capacidades e desejos do político. É uma ponte, não um fim. Assim, muito embora os simbolismos, a sedução, a persusasão e demais “artes” possam e devam interessar pela sua utilidade, o argumento do carisma quando usado para justificar o próprio voto, não é mais que uma confissão da incapacidade de, ou da desistência em avaliar racionalmente as reais capacidades e intenções dum político e portanto de projectar ou antever os resultados.

Se eu digo que o político Z tem vantagem em ter carisma (ou sedução, persuasão) o que digo é que este tem melhor capacidade de gerar empatia para com as suas ideias (e portanto tem maior probabilidade de ser eleito). Se eu digo que voto nele ou nela por essa simples razão, estou simples categoricamente a desistir de analisar e antecipar, os reais resultados duma sua hipotética governação. Aí então vivo no mundo da fantasia onde apenas atendo às minhas vontades e afectos e onde o espírito crítico não é necessário para nada. E ainda bem porque isso dá uma trabalheira.

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A Saga Borndiep

Em 2004, era a pasta da defesa ocupada pelo improvável Portas, Paulo que surpreendido foi por um dos seus acólitos quando verificou que este lhe enviara uma fragata deter a entrada em águas territoriais Portuguesas do Borndiep esse barco do demo, dumas não-menos-do-demo Holandesas que ameaçavam dar a liberdade a algumas mulheres Portuguesas de sair da sua então hedionda legislação no que às gravidezes concernia.

O ridículo começava na pornográfica desproporção entre um vaso de guerra e um barco de 15 metros duma ONG, e terminava nas medievais manifestações de regozijo duma intolerante minoria pelo (poderoso, concedamos) carácter simbólico do confronto e seu desfecho. O resto do país tapou a cara de vergonha.

Três ONG, ainda gaguejando de estupefacção, diligentemente levaram o processo ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, e eis que este se pronunciou: Portugal é condenado por violação do artigo 10º da Convenção dos Direitos do Homem que é o da Liberdade de Expressão, ao pagamento de uma indemnização de seis mil euros por danos morais. E há mais: o ex-ministro ainda responde mas novamente não convence.

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Bons ventos reservados

Às 22:50 de dia 27 deste mês da graça de Dezembro estarei a aterrar em Buenos Aires. Sozinho como já há muito queria viajar. E agora que preciso dumas férias (a recente seca de escritos por aqui não é por acaso) julgo que tem tudo para ser muito bom.

Apreciarei o gesto que alguns me farão de mandar o email de todo aquele contacto vosso que lá tenha estado ou de alguma forma seja sapiente sobre tais afazeres. Cuidarei assim indirectamente do sucesso da reportagem resultante, para que dela novamente resultem prazenteiros momentos a partilhar, na ressaca da cena.

Volto dia 11, certamente confuso horário.

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Laracha do dia

– epá, dói-me a planta do pé.

– bah, põe isso em perspectiva.

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Passo a passo, a servidão

Gostava de ter escrito isto: Tudo isto por 10 ou 15%?

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